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domingo, 20 de junho de 2010

Reina de los clichés


Perigo: postagem sem pé nem cabeça e metalingüística.


Meu nome é Tamara. E eu estou lá numa quarta-feira à tarde tentando dar uma de escritora, com o papel na mão e a caneta a postos. Está um pouco calor, a rua está meio parada e eu estou dando uma de intelectual. Vou escrever utilizando-me de uma personagem, é claro.
De repente me vem à cabeça! Mas é claro, exatamente!
Começo a escrever, minha idéia é brilhante. As palavras são perspicazes, o toque sutil e as ironias simplesmente magníficas.
Está feito.

Depois de dias, semanas, ou meses eu a reencontro. Por que tudo que eu escrevera agora parece tão idiota, tão óbvio? Já vi tópicos bem melhores que esses a respeito do mesmo assunto.
Mas que prepotência a minha, achar que eu fui a primeira.
O clichê estava lá, bem na frente da minha cara. Que besta.
Então eu pego o papel e o amasso, e jogo fora.
Talvez a culpa disso tudo seja de Clarice Lispector... ela, sim, é irritante, inteligentemente macabra. Acho que ela sabia tudo aquilo que eu queria ter escrito.


Ora, depois eu volto aqui para jogar isto fora também.

2 comentários:

  1. Realmente, Clarice é macabra...
    Tudo que eu penso e tudo o que quero escrever.

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  2. A Clarice é uma chata!

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