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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Do iu ispik Inglish?



Antes de começar quero explicar aqui que esse post faz parte de uma corrente entre blogueiros amigos que decidiram escrever sobre o mesmo tema. No final da postagem seguirá os links para os respectivos blogs dos meus amigos. Tema de hoje: Dublagens!

Eu sempre vejo filmes legendados. Quando alugamos filmes aqui em casa é uma guerra porque meu pai e meu irmão querem ver dublado e eu, minha mãe e minha irmã, legendados. Meu irmão só gosta de ver dublado porque tem preguiça de ler a legenda, aliás, acho que na verdade ele faz parte do grupo de pessoas que não consegue acompanhar a legenda, rs. Meu pai, com aquele resquício de comunismo, enche o peito pra dizer “eu quero ter o direito de ver o filme na minha língua”, “vocês ficam puxando saco de americano, a gente tem que apreciar o nosso idioma!”. Ok pai, concordo que a gente tem que apreciar a nossa língua e o fato de eu preferir ver o filme em sua língua original não anula o fato de que eu valorizo a minha língua materna, poxa.

Se o filme é em francês, vejo em francês, italiano em italiano, inglês? Em inglês! Pois acho que as falas e tudo o mais fica muito mais verdadeiro quando o filme é legendado. Os personagens ganham mais vida e as ações do filme também. Filmes dublados me irritam e o primeiro motivo é as adaptações. O cara que se chama Joseph, um homem galanteador, num filme pra lá de romântico vira José, o cara que curte um sambinha e se amarra tomar uma cerveja no barzinho ali da esquina. O John, aquele cara musculoso que sempre está em uma enrascada no limite entre o bem e o mal num filme de ação; o John mesmo, aquele que atira, corre, pula, se esconde da polícia ao mesmo tempo tenta caçar o bandido vira João. Um cara comum e com uma vida totalmente desinteressante. E esses são só dois exemplos de nomes, porque existem muito mais. Eu não gosto quando tentam traduzir nomes de personagens porque certos nomes em inglês simplesmente funcionam muito mais do que nomes brasileiros. Da mesma forma que o Zé Pequeno estaria fadado ao ridículo se fosse chamado de ‘Little Zé’ ou (pior, como já vi na Internet) Lil’ Zé. Tu respeitaria esse cara? Nem eu!

Mas tem horas que realmente não tem para onde fugir. A gente quer assistir a um filminho bacana, mas só tem dublado. Duvida? Sessão da tarde. E posso até correr um risco ao proferir tal blasfêmia, mas sessão da tarde, pra mim, só rola dublado! Eu não sei... combina, entende? Eu gosto da vozinha inocente e ao mesmo tempo sapeca do dublador de Macaulay Calc em Esqueceram de mim. Gosto das dublagens fantasticamente engraçadas de Whoopi Goldberg e Eddie Murphy em Mudança de Hábito e Um príncipe em Nova York. Outro elemento que deixou saudade em termos de Sessão da tarde é o sensacional Herbert Riches. Vou compartilhar algo com vocês que pode parecer exagero: não o é. Tinha vezes, e não poucas, que acabava o Vale a pena ver de novo e eu sabia que iria dar um dos filmes chatos que eu não gosto. Mas eu esperava dar o comecinho da Sessão da Tarde para ouvir as mágicas palavras 'versão brasileira, Herbert Riches' e depois mudar de canal. O Herbert é simplesmente um dos meus grandes ícones de infância.

Para não acharem que eu só critico, tenho que declarar aqui a minha paixão pelos filmes dublados pela Disney. Nesse caso ocorre o contrário: raramente eu vejo um desenho animado da Disney em inglês. Eu acho incrível o trabalho que eles fazem para encaixar as vozes e deixá-las de modo que combinem com o personagem. Exemplos? Vários: todo o elenco de O Rei Leão, dando destaque para as vozes de Skar e as Hienas, a interpretação da peixinha Dóri em Procurando Nemo, a voz engraçadíssima de Lumiere em Bela e a Fera, a terrível e assombrosa voz de Malévola de A Bela adormecida... e assim por diante.

Eu também tenho algo muito peculiar em relação às dublagens. Eu memorizo as vozes. Se eu quiser eu posso pensar agora mesmo na voz da dubladora da Sandra Bullock que eu vou conseguir (já pensei, aliás). Minha irmã morre de raiva desse meu, tá, acho que posso chamar de dom? Eu lembro da maioria das vozes de grandes atores o que me acarreta sérios problemas porque tem vezes que ao invés de realmente prestar atenção no filme eu ouço aquela vozinha familiar e fico tentando adivinhar de qual outro filme ou programa eu conheço aquela voz. Dessas experiências posso afirmar que o mais legal é me deparar com as óbvias vozes do Seu Madruga ou Seu Barriga porque aí ferrou tudo! Eu não vou deixar os personagens do filme em paz, só irei enxergar o Seu Madruga ou o Seu Barriga, rs.

Enfim, considerações finais: adorei começar essa corrente falando de um tema tão rico como esse. E vocês vão poder continuar a se deliciar com o tema nos blogs dos meus amigos, beijos!

OBS: Recentemente fui ver Enrolados (filme perfeito da rapunzel!) no cinema e parece que eu fui a única que gostei da dublagem do Luciano Huck em enrolados. Tá todo mundo reclamando que ele não é 'dublador profissional' mas, cara pra mim o que conta é a interpretação e ele fez isso muito bem! Dizem que só colocaram ele porque ele é famoso... e daí? O elenco de Shrek em inglês é todo famoso e o filme não foi nenhum pouco prejudicado por causa disso.

Links dos amigos:

Vinícius Antunes
http://cronicasdumasviagens.wordpress.com

Emanoelle
http://pordoisfios.wordpress.com

Jônatas Amaral
http://tacmgtacomdeus.blogspot.com

Diogo Lima
http://oqmedernatelha.blogspot.com/

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Bigode




Olá pessoal.
Bom, como esse blog acabou adquirindo aspectos biográficos eu vou dividir com vocês algo interessante que aconteceu recentemente.

Pra quem não sabe eu tenho um avô que é figuraça. Nelson, seu nome. Ele é uma daquelas pessoas que parecem que não existem simplesmente por, muitas vezes, não apresentarem comportamentos que seres humanos apresentariam. Meu avô é um cara do bem, mais do que honesto e, acima de tudo, calado. Calado não... observador.

Uma das coisas que eu sempre achei legal é que ele é metódico e sempre cumpre seus próprios 'rituais' pré-definidos por ele mesmo. Como por exemplo, sempre andar dentro de casa com uma toalhinha de pano branca por cima de um dos ombros, viver criando projetos matemáticos lá embaixo em sua garagem escura, comer as refeições por etapa separando o Feijão e a farinha da salada e, por conseguinte, da carne. Dormir ouvindo o seu radinho de pilha... enfim, eu poderia citar aqui inúmeros exemplos.

Pois é, meu avô é o tipo de pessoa firme que parece que nunca muda - mas incrivelmente eu afirmo isso num bom sentido! Ele está sempre perto, ainda que pareça longe. Sempre ensinando algo muito sábio, mesmo que muitas vezes não esteja falando. Ele é a personificação da paciência. E se você der algo nas mãos dele pra fazer, ele vai observar, estudar dias a fio a tarefa, verificar as possibilidades, tirar a raíz quadrada e então só depois de muito preparo e meditação a tarefa estará pronta! (Foi isso o que aconteceu quando eu pedi que ele colasse a minha foto na minha carteirinha universitária. Pra vocês terem uma noção, não satisfeito em usar uma régua ele também usou um TRANSFERIDOR para colar a foto!)

Mas o ponto principal a que quero chegar é: Meu avô sempre teve bigode. Desde que me entendo por gente, Nelson Barbosa de Lima nunca abriu mão de seu bigode - e, acho que é importante destacar que era muitas vezes sem barba, só o bigode mesmo! Eu não vou dizer que sou fã dos bigodes... bigode é coisa do século retrasado. Fora de moda. Pra falar a verdade, eu nem acho que seja algo que favoreça a ala masculina. A não ser é claro algumas exceções como Brad Pitt, mas ele não conta.

O fato é que meu avô sempre usou bigodes e eu sempre gostei! Eu não sei... dava uma impressão de sabedoria, de autoridade. Eu gostava de seus bigodes, porque tudo estava no seu devido lugar: eu era a neta, ele era o avô até que...
*chega minha avó tagarelando como sempre acompanhada do (quem é aquela pessoa ao lado dela? Peraí será que...) meu avô sem bigodes!!!

Sim. Ele rapou o bigode. Vocês não sabem como foi a sensação do choque. Até agora eu não digeri essa estória. Ele diz que "já era hora de mudar" mas NÃO. Não pode... quando eu olho para o meu avô sem bigodes eu lembro daquele verso "avião sem asa, fogueira sem b...". Que tristeza. Meu avô agora deu pra querer mudar o look. O que ele não sabe é que talvez seu bigode representasse algo maior. Sei lá... talvez fosse que nem as sete tranças de Sansão, que lhe davam a força. E se ao rapar seus bigodes, foi rapada também... a sua sabedoria?


rs, um último adeus:

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Caçadores de Crentes



Sou protestante e todos que me conhecem sabem disso. Para os desavisados protestante é o vulgo evangélico. Digo vulgo porque denominar-se evangélico é algo muito vago hoje em dia. Afinal, hoje em dia tem-se igrejas pra tudo quanto é gosto (ou desgosto). Bom, mas isso já é assunto pra outro post.

Estou aqui para falar do bullying existente contra nós. Sou da igreja desde que nasci, o que já pode ser irritante porque sempre vai ter o sujeito pra dar pitaco "ah, então você só é da igreja porque seus pais são". É, talvez eu só esteja indo pra igreja mesmo por causa dos meus pais. Afinal, ainda tenho quatro anos de idade. Será que ninguém repara que se um cidadão de 19 anos continua freqüentando a igreja assiduamente é porque ele realmente acredita naquilo?

Outra coisa que costuma me irritar muito nesse meio dos bullyings é quando referem-se a nós como "crente". Primeiro porque é um termo bastante vago, digo... qualquer um pode crer em qualquer coisa. Então se me chamam de crente o que querem dizer com isso? Crente em astrologia, crente na ciência, crente na mitologia, crente em duendes, crente na xuxa? Segundo porque sempre tem o engraçadinho pra rimar crente com outra palavra que também termina com 'ente'. Acredite, isso não é legal. Porque Imagine que eu saia por aí rimando buda com... ah, deixa pra lá.

Me intriga muito quando, depois de um certo tempo de conversa, a pessoa descobre que eu sou protestante e faz aquela cara de espanto.
- Nossa, mas você é tão legal!
Vocês não sabem o mal que isso me causa. É como se com essa pequena afirmação vocês fizessem questão de retirar todo o julgamento anterior construído e tivessem que reformular uma nova maneira de me enxergar. Em outras palavras, dizer "nossa, mas você é tão legal!" na verdade só traduz "mas você devia ser um porre!" ou, no mínimo, "pff, conta outra que você é de igreja".

Bom, aqui vai uma dica para vocês: nós somos cidadãos como outros quaisquer. E nem todos nós somos abitolados. Uma pessoa para ser chata não precisa ser da igreja. Os chatos não são exclusividades das igrejas, acredite em mim. Eles já dominaram todos os cantos insondáveis dos círculos e camadas sociais. Eles são algo parecido com a torcida do flamengo, só que de um ponto de vista negativo.

Nunca entendi porque todo ladrão tem que ser pastor, digo... porque todo pastor tem que ser chamado de ladrão. Isso é uma generalização cruel. É como dizer que toda loira é burra, todo padre é pedófilo, toda macumba é do mal, todo tricolor é afeminado, todo político é lad... ops, esse último está certo mesmo.

Mais um mito a ser caído por terra: nem todos de nós achamos que atividades como dançar, beber ou fumar são coisas do capeta. Pelo contrário, essas coisas não são 'pecado'. Dançar é uma ótima atividade que trabalha com a saúde do corpo (dependendo da "saúde" da música que se dança). Beber, quando não em medidas drásticas, também não causa grandes problemas ao organismo. Em alguns casos e em pequenas porções diárias como o vinho, pode até fazer bem à saúde (http://www.bemdesaude.com/content/vinho_faz_bem_a_saude.html).
É claro que o ideal seria evitar o álcool no caso de o organismo já ser propenso à dependência do mesmo. E fumar... bom, fumar também não é pecado. É só burrice mesmo.

Enfim, por ora esses eram os pontos que eu queria elucidar. Foi bom abrir um pouquinho mais a mente da galera e falar sobre esse assunto com bom humor e leveza.
E, continuando nesse espírito, gostaria de concordar que tem muito "crente" por aí dando mole e soltando umas que... bom, merecem no mínimo um destaque.
Vejam essa faixa que achei na internet.



É isso aí gente, espero que tenham gostado e que ninguém se sinta ofendido. Afinal com gentileza e bom humor, o mundo se atirará aos seus pés*.

* Amyr Klink.