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segunda-feira, 28 de março de 2011

Exame de sangue




Desde criança, sempre gostei de fazer exame de sangue. Engraçado que eu chegava pequenininha lá na salinha pra tirar o sangue e os enfermeiros ficavam meio tensos se perguntando se eu seria mais uma daquelas crianças que soltariam o monstro dentro de si e faria escândalo. Daí quando eles viam que eu ficava interessada e gostava de observar o sangue saindo pela agulha e entrando nos tubinhos, putz, aí era uma festa. Eles sempre me parabenizavam.

Pra falar a verdade fico até meio triste por eles não ficarem mais eufóricos com a minha coragem de tirar sangue, e daí que vou fazer 20 anos? Tem gente mais velha que faz escândalo pra ser espetado até hoje. Tem pessoas que não podem ver uma mísera gotinha sequer que desmaiam! Eu mesma tenho um amigo que não sei se devo falar o nome, Pedro Diniz, que não pode ver sangue. Já presenciei um desmaio dele, uma loucura.

O exame de sangue é legal, cara. O que verdadeiramente me irrita no exame de sangue é o jejum do dia anterior. Parece sádico você saber que no dia seguinte vai ter que acordar cedo pra ser agulhado e ainda por cima vai ter que parar de comer às 8:00h da noite. O pior de tudo, não sei se já repararam, é que sempre aparece alguma coisa gostosa pra comer lá pelas 10 da noite, sempre! Quando não é seu pai que chegou do trabalho trazendo açaí, é sua mãe que resolveu desenterrar aquele creme de leite do armário e comer, NA SUA FRENTE, com um moranguinho açucarado. Pô, isso é maldade. Eu vivo momentos de tensão por causa do jejum...

É, meu chapa... a parada aqui com a Priscilla é sinistra. Quando a fome bate, é sempre nas horas mais inoportunas, até porque comigo quase nunca é fome, mas sim: vontade de comer. E vontade de comer, sabe como é né... é aquela doença que só se cura comendo. Doença que espanta minhas dietas, que me atormenta no finalzinho de uma aula esperando o intervalo, doença que aparece quando as coisas boas que tinham na geladeira já sumiram... e que quando resolve se manifestar 10 horas antes do exame de sangue, meu amigo: corre pro abraço! Porque se eu ceder e comer, aí é minha mãe que tira meu sangue...

sexta-feira, 18 de março de 2011

Desabafo: Remédio.

Esta postagem também tem um vídeo de divulgação no youtube, gente. E aconselho vocês a assistirem porque o texto se completa ao vídeo. Então: http://www.youtube.com/watch?v=9e30vkMLDrY



Um dos grandes recalques que eu tenho com a minha irmã é que ela sempre gostou dos remédios líquidos. Às vezes, ela pedia pra minha mãe pra beber o meu quando eu não conseguia tomar, tem noção? Bom, mas uma pessoa que já quase virou vegetariana (um dia conto essa história melhor) e enfiou na cabeça que não gosta de sorvete não pode lá ter um gosto tão apurado assim.

Eu não sei se vocês repararam, mas os mais atentos vão pensar que esqueci de mencionar no vídeo uma das modalidades (de tortura) mais famosas: Vossa Excelência, Injeção. Não esqueci não, minha gente, guardei para mencioná-la aqui. Pra variar eu também tive experiências conturbadas com as injeções. Primeiro pelo motivo óbvio elas doem. Depois porque eu sempre achei muito constrangedor, quando não no braço, os infelizes decidirem que a bunda era o lugar ideal para a injeção ser aplicada. Tá, talvez clinicamente falando seja mesmo, mas estamos aqui para discutir os desdobramentos sociais da parada, não é?

Então, eu que não sou uma pessoa tímida me sentia muito mal por ter que mostrar o 'bumbum' pra enfermeira(o). Sei lá, todas as vezes que isso acontece comigo eu me pego tentando pensar em qualquer coisa que anule pensamentos do tipo "sua bunda está de fora, sua bunda está de fora, sua bunda está de fora...". Talvez com melhor atenção, vocês vão reparar que o hospital é um lugar sem pudor nenhum... é gente dando banho em paciente, o outro com o avental frente-única (aliás, qual o objetivo desses aventais???), e adolescentes como eu pagando mico em uma salinha de injeção onde costuma-se não haver privacidade alguma!

E é nessa parte que eu fico bolada, porque se só a enfermeira estivesse no local enquanto aplicasse a medicação em mim, mas não! Eu já fiz uma vez em um lugar em que as paredes eram da metade pra cima de vidro, as portas ficavam entreabertas e outros pacientes e enfermeiros passeavam livremente pelos corredores. Quem quisesse e bem entendesse poderia meter o bedelho onde não fosse chamado. Não me esqueço que nesse dia tinha um cara pouco mais velho que eu bastante gato a poucos metros de distância de mim. E eu iria tomar a minha injeção. Tudo bem que ele não iria ver nada, mas e se... E SE ele visse a minha bunda, hein??? E se depois por acaso a gente se esbarrasse na faculdade, ficássemos amigos e começássemos a sair? Meu mundo ia virar de cabeça pra baixo pelo fato de que aquele cara viu a minha bunda no PRIMEIRO encontro, quando na verdade isso deveria ter acontecido exatamente no ÚLTIMO - er, brincadeira aí pai, só depois do casamento.

ENTENDEM O MEU DESESPERO?

terça-feira, 15 de março de 2011

Desabafo: Formiga.

Antes de ler, gostaria que vissem o vídeo que gravei. Por motivos de ignorância tecnológica não consegui postar o vídeo diretamente no post, então: http://www.youtube.com/watch?v=FX1bw-ho5zc.


Sério, esse meu problemas com formiga é realmente doentio. Talvez parecido com o problema que eu tenho com as moscas, se elas pousam na minha comida eu não como mais (graças a uma aula de biologia em algum desses canais imbecis que tem o prazer de dizer quantos milhares de ovos uma mosca pode depositar ao pousar em alguma coisa, valeu aí).

Acho que vou fazer um abaixo assinado pra Deus rever as funções deste insetozinho inconveniente aqui na terra... esse é, na verdade, o problema: se eu fosse Deus, a cadeia alimentar estaria fadada ao fracasso de tantos animais inúteis - segundo a minha santa ingnorância - que rondam por aí. E digo mais: os piores, estão debaixo do nosso teto!

Valeu, até daqui a pouco.


obs: Pra quem viu o vídeo, tem uma outra maneira de torturar as formigas. Toda vez que você estiver lavando louça, se elas estiverem na beira da sua pia faça o seguinte:
1 - abra a torneira e molhe duas mãos;
2 - estique seus dedos e deixe os pingos d'água fazerem um contorno em volta das formigas até que elas fiquem cercadas;
3 - após alguns segundos de deleite ao vê-las encurraladas, pegue o rodo de pia (ou pano) e empurre-as para o buraco da pia;
4 - aprecie elas todas descendo pelo ralo.


domingo, 13 de março de 2011

Bichos



Lembro que meu irmão até os 2-3 anos de idade adorava carrinhos de brinquedo. Naquela época ele ainda usava fraldas (sempre atrasado) e não sabia falar car-ro, falava ''caú" ao invés. Ele tinha carrinhos de tudo quanto era cor e tipo. Aqueles de controle remoto que não duravam nem uma semana, aqueles que você impulsiona para trás e ele pega velocidade, aqueles simples que não fazem nada, caminhão de plástico enorme que se compra no R$1,99, ônibus, carreta e por aí vai...

Até que aos 3 anos de idade ele descobriu um novo mundo de brinquedos: bichos. Ele só queria saber daqueles bichinhos de plástico, girafas, cavalos, renas... e até os mais valentes e bizarros como tigres, ursos e dinossauros! Era um bando de miniatura em plástico e ele enfileirava esses bichinhos e fazia uma brincadeira que só ele entendia... era engraçadinho chegar na sala e ver ele enfileirando aqueles brinquedos, se tu pisasse ele fazia escândalo. O próprio rei da selva.

Quando foi crescendo não abandonou os bichos completamente, pelo contrário, começou a assistir ao Discovery Channel e Animal Planet com o meu pai. Meu irmão começou a gostar de ver aquelas paradas de caça, vida na selva, comportamento animal, relação caçador/presa e aí também queria saber sobre as curiosidades do mundo animal: os mais rápidos do mundo, os mais nojentos, os mestres em camuflagem, etc, etc. Ele ficou fissurado pelo reino animal.

De uns dois anos pra cá ele entrou numa de querer animais de estimação. Quem me conhece sabe que eu não sou o que se diga "minha nossa, olha como ela se dá bem com os bichos!". Pois é, sou muito chegada não e isso foi sempre um impasse aqui em casa, eu e minha mãe contra, meu pai e meu irmão a favor e minha irmã sempre se mantendo no campo neutro. Uma vez minha mãe caiu na conversa do meu irmão e pegou um filhotinho de cão. Ele durou uma noite aqui em casa, porque eu fiz um protesto dizendo que ia ser um erro... tenho lá meus muitos motivos pra não querer cachorro de Cadu aqui em casa! Ora essa, se nem ele sabe se cuidar direito... eu é que não vou limpar bosta de cachorro, né?

Daí a solução foi adotarmos como animalzinho peixes, porque eles não fazem nada. Mas aqui em casa eles morriam rápido, meu irmão nunca trocava a água ou então dava mais ração do que necessária. Depois das tentativas frustadas foi aí que meu irmão teve a idiota idéia de pedir uma calopsita pro meu pai. O pior é que meu pai comprou a calopsita (se chama Neymar, por causa do topete) e deu pro meu irmão. O problema é que até agora eu omiti um detalhe que modifica toda a relação de admiração e amor que meu irmão tem pelos bichos.

Ele tem medo (leia-se: pavor) de animais.

É isso mesmo, meu irmão tem medo de cachorro, gato, pato, galinha, insetos e tudo o que você possa imaginar. Matar uma barata? Nem pensar. Se o cachorro do vizinho late mais alto ele é o primeiro a correr. Então eu estou aqui escrevendo esse post para mostrar a indiganção porque ontem a calopsita saiu da gaiola e deu um pequeno vôo em direção ao meu irmão - seu suposto dono. Acontece que ele deu um gritinho nada másculo e correu em dois segundos do quarto, passando pelo corredor até chegar à cozinha.

Agora eu pergunto, pode uma coisa dessas? Como uma pessoa pode viver em tamanha contradição? Sinto vontade de arrancar todos os fios de cabelo dele um por um quando vejo que finalmente ele conseguiu um animalzinho de estimação decente e não tem coragem de se aproximar a dois metros do pobre coitado! Meu irmão não é normal... na verdade sempre digo que ele é um vira-lata sarnento, medroso que nem um frango.

É isso que ele é: nosso animal de estimação.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tradução



Nos meus tempos de adolescente, lá pelos 15 anos, eu costumava assistir àquele programa do multishow chamado TVZ que só passa clips em basicamente qualquer hora do dia. Acho que todo adolescente normal que tem/teve tv a cabo assistiu ao TVZ pelo menos em uma época de sua vida só pra saber quais músicas estavam na moda e quais todo mundo estaria cantando no colégio no dia seguinte, né?
O fato é que essa programação é basicamente 90% popzinho estrangeiro e eles colocam legendas nas músicas. E eu tinha a irritante mania de tentar cantar a música não no inglês, mas sim no português de acordo com as legendas. No final a parada ficava totalmente sem nexo, desafinada e escrota.

Tá, mas não é sobre isso que eu queria escrever nesse post, sério mesmo. Além dessa mania de cantar as legendas dos clips, eu tenho um cacoete mega bizarro ao qual eu chamaria até mesmo de dom. Poucas pessoas sabem disso... aliás acho que ninguém sabe disso, mas eu tenho a mania de fazer a versão em inglês de músicas brasileiras. E o pior: vira e mexe dá certo! Vocês podem não acreditar nessa minha (in)útil vocação, mas vou postar aqui algumas das músicas que fiz a versão em inglês. Se por acaso vocês acharem que elas estão sem ritmo em algum momento, relaxa que é só impressão (se me conhecerem pessoalmente me peçam que eu canto!). Ah, é importante lembrar que traduzir músicas não significa necessariamente transpor as mesmas palavras, mas sim, dar a idéia geral do texto. Enfim, não vou colocar os nomes das músicas porque acho que a graça é vocês descobrirem enquanto vão lendo...

Primeira:

Mother I wanna
Mother I wanna
Oh! Mother I need some milk

Gimme a pacifier
Gimme a pacifier
Gimme a pacifier so the baby won't cry


Segunda:

Hey pain, I don't listen to you
'Cause you, won't take me to anywhere
Hey fear, I don't listen to you
'Cause you won't take me to anywhere

And if you wanna know where I am going to
Wherever there is sun
That is the place
And if you wanna know where I am going to
Wherever there is sun
That is the place


Terceira, e uma das mais ousadas na minha opinião:

I threw a piece of wood in the cat - cat - cat
But the cat - cat - cat
Didn't die - die - die

Miss Chica - ca
Got surprised - ised - ised
With the scream
With the scream the cat died

meow!


Bom, é isso aí gente... espero que tenham descoberto as músicas e gostado do post.
Me despeço agora com uma sábia frase que fará vocês refletirem:

"Look at the big hair of Zé, I wonder if he is... I wonder if he is..."